sexta-feira, 21 de junho de 2013

ALFAMA UMA PINTURA COLORIDA





Caminhar pelas ruas de Alfama é uma aventura permanente...Um jogo?

Um jogo de orientação, talvez. Local perfeito para jogar às escondidas. Lembram-se?



 
 
Com tantos recantos e um tal sobe e desce, que ninguém nos encontraria. São ruas e ruelas, becos e largos, escadas e escadinhas que viram hora para a esquerda, hora para a direita e num instante perdemos o norte.
 
 
 
 


 
São casas caiadas de branco com telhados encarnados, onde as sardinheiras de cores garridas, orgulhosamente se mostram nas varandas e janelas.
 
 
 
 

São os azuis dos azulejos seculares que contam histórias e lendas e fazem lembrar um museu a céu aberto.



 

Aqui paira no ar o cheiro de roupa lavada. Cheira a limpo, cheira a sabão “Clarim”. Tal e qual como se fosse numa aldeia bem portuguesa. E é tão bom!

 
 
 
Quase apetece bater à porta e perguntar:

- Há mais um prato na mesa?

Os cheiros da comida acabada de fazer, levam-nos a adivinhar o que será o almoço. E depressa nos lembramos dos nossos almoços e jantares na província.

 

 
 

Aqui o tempo corre mais devagar e os sons distinguem-se. É uma gaivota que passa vinda do Tejo, é o barulho dos estendais, é o bater dos saltos na calçada, são os pratos que se tocam numa das muitas cozinhas do casario, é o rádio que se houve…E tudo “casa” na perfeição como se de uma pintura se tratasse.

 
 
 
 
Vozes e conversas bailam de rua em rua. Por entre as portas entreabertas das casas, ou entre um apanhar de roupa da janela ou até mesmo uma ida à mercearia, tudo são motivos para dois dedos de conversa. Nos adros das Igrejas os jovens juntam-se, conversando ou ouvindo música trazem alegria às praças.
 
 
 
 
 
 

As tascas são o ponto de encontro das gentes de Alfama, onde os assuntos “quentes” do dia são discutidos na companhia de uma bebida.

 


 
 
E com o cair da noite, o fado brilha, como pequeninas estrelas que pintam Alfama nas muitas casas que cantam essa canção cheia d’ Alma Lisboeta.
 
 
 

 
 


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